Blind Guardian – Discografia

No meu último post falei da minha banda favorita, o Iron Maiden, lembram? Então, agora vou falar dos bardos que mais chegam perto de tomar a hegemonia da donzela no meu s2, haha. (que meigo!)

O Blind Guardian é dono de uma discografia bem extensa, com álbuns que variam desde aquele speed metal cru, na fronteira com o thrash, até um power metal mais progressivo e melódico. Muitas de suas letras são influenciadas pelos contos de autores consagrados, especialmente de Tolkien, e por lendas de várias mitologias.

Atualmente a formação da banda tem Hansi Kürsch nos vocais (o melhor vocalista do mundo agora que Dio se foi, indiscutivelmente), Marcus Siepen e André Olbrich nas guitarras, o baixista Oliver Holzwarth, e Frederik Ehmke na bateria. O tecladista Michal Schüren aparece de vez em quando no estúdio, quando necessário, e sai em turnê com a banda. No começo da carreira, Hansi também tocava baixo. O antigo baterista, Thomen Stauch, deixou o grupo em 2005.

A banda foi fundada na Alemanha lá pelo meio dos anos 80, primeiramente chamada de Lucifer Heritage. Com esse nome lançaram uma fita demo, apenas. Depois de mudarem de nome, lançaram seu primeiro full length em 88, e começaram a construir uma das carreiras mais impressionantes do cenário metálico.


DISCOGRAFIA COMENTADA:

No começo da carreira o som deles era mais pesado. Faziam o tal do speed metal, na linha tênue entre a melodia do power e a agressividade do thrash, muitas vezes misturando as características desses dois estilos.

Symphonies of Doom (1985): 

Primeiro lançamento, uma fita ainda com o nome antigo do grupo. Tem toda aquela pegada e garra das bandas em começo de carreira, aquela sensação de gravação de garagem. Mesmo sendo só uma demo, recomendo que ouçam, já que mostra a banda em estado embrionário, mais crua e suja que em qualquer outra fase da carreira. Algumas das músicas foram parar no primeiro álbum completo.

Battalions of Fear (1988):

Tem uma produção bem mais limpa que a demo, mas é mais veloz e agressivo. Aqui o Blind mostrou pela primeira vez o que tornaria-se sua marca registrada: refrões insanamente viciantes. O vocal de Hansi Kürsch mudou demaaaais de 1985 pra cá, nem parece o mesmo.

Follow The Blind (1989):

Segue a mesma linha do anterior, com o diferencial de ter algumas músicas mais pesadas, beirando o thrash. Kai Hansen, então do Helloween e atualmente membro do Gamma Ray, tem participação especial em algumas faixas. Da fase mais speedy da banda, considero esse como o melhor registro.

Tales From The Twilight World (1990):

Apesar de ainda ter a velocidade dos lançamentos anteriores, há aqui claros indícios da direção que a banda iria tomar. Temas épicos, destacadamente nas faixas Traveler In Time e Last Candle, contrastam com petardos que caberiam perfeitamente no Follow The Blind. Os refrões estão cada vez melhores! Novamente Kai Hansen fez algumas pontas na gravação.

Depois do Tales, o Blind resolveu se aventurar com uma sonoridade mais trabalhada, sem aquela pegada thrash dos seus álbuns dos anos 80. Assim, lançaram três álbuns DO CARALHO, cada um com um clima mais épico e com mais minúcias sonoras que o anterior.

Somewhere Far Beyond (1992):

Praticamente todas as faixas já tem as intros pomposas que começaram a aparecer no Tales From The Twilight World. Elementos acústicos e orquestrações são ouvidos com bastante frequência, mas sem nenhum exagero.  Grandiosidade é a palavra que melhor define esse álbum. Não posso esquecer de mencionar a baladinha acústica The Bard’s Song – In The Forest, maior ‘hit’ da banda até hoje!

Imaginations From The Other Side (1995):

GENIAL! Apesar de soar ainda mais minucioso e cheio de pompa que o Somewhere Far Beyond, é mais pesado. Conta, inclusive, com a música mais agressiva da carreira dos caras: I’m Alive.  The Script For My Requiem, que fala dos últimos dias de Jesus Cristo na terra e de suas fraquezas  humana, é uma da melhores músicas que ouvi na vida. Aliás, esse tema é recorrente no álbum: Another Holy War explora um conceito parecido enquanto seu instrumental esbanja peso e elegância. Well, já me empolguei, e o que era pra ser uma breve review de poucas linhas já está ficando muito grande. Ouçam e percebam porque falo com tanto carinho dessa preciosidade aqui.

Nightfall In Middle-Earth (1998):
 

OBRA PRIMA! MARAVILHOSO! DIVINO! INCOMPARÁVEL! IMPECÁVEL! É um trabalho conceitual, que conta a história do Silmarillion, livro de J.R.R Tolkien. Muita gente acha esse álbum enjoativo porque ele tem várias vinhetas de 1 minuto ou menos, que servem apenas pra dar conectividade a trama. Intros e outros a parte, as faixas ‘inteiras’ são todas espetaculares. Além, é claro, da parte lírica: pra quem é fã de Tolkien, é uma experiência incrível perder horas tentando entender as letras e associá-las a passagens do livro.

Depois desse álbum, o Blind passou a atacar em uma linha mais melódica nos dois lançamentos seguintes. Eles não são nada ruins, são muito bons até, mas não são grande coisa se comparados ao que veio antes. Claro que há algumas músicas de qualidade comparável as mais antigas, mas no geral, o nível caiu bastante. Mas isso é algo perfeitamente normal, é impossível lançar tantos álbuns bons sem dar vacilo algum!

A Night At The Opera (2002):

Foi o último álbum com o baterista da formação original. Os detalhes orquestrais e inserts que deram o feeling mágico (novamente, que meigo) aos discos anteriores continuam, mas muito exagerados. Talvez se as composições poupassem um pouco os efeitos o álbum soaria menos enjoativo. Todavia, And Then There Was Silence, Battlefield e Punishment Divine são músicas muito boas que acabaram esquecidas por parte dos fãs.

A Twist In The Myth (2006):
 

Primeiro álbum que comprei deles, assim que foi lançado! O som volta a ser simples, sem todas aquelas minúcias, orquestrações e afins, mas continua bem melódico. Nada do speed/power de álbuns anteriores, isso aqui é puro melodic power metal. É um álbum bom, principalmente as 4 primeiras faixas… mas bem repetitivo.

Esse ano o Blind lançou mais um álbum, que já resenhei aqui no blog:

At The Edge of Time (2010):

Soa como um resumão melhorado de tudo que eles já fizeram na carreira. Um dos melhores lançamentos do ano! Leia mais sobre ele nesse outro post aqui.

Seguem dois lives e uma coletânea fantásticos:

Tokyo Tales (1992):



Só petardos! Porrada atrás de porrada, sem descanso (exceto algumas intros e um solo de piano depois de Time What Is Time)! A performance perfeita deixou os refrões ainda melhores, e as músicas soam bem mais agressivas e cativantes. Como o título já diz, foi gravado no Japão. Não retrata apenas um show, mas sim apresentações em três noites diferentes.

Live (2003):

Gravado em várias cidades européias durante a tour do A Night At The Opera. O que impressiona aqui, mais até que a banda destruindo com execuções impecáveis de músicas complexas, é a emoção e participação do público em todas as faixas. Refrões berrados, frequentes e arrepiantes ovações, e até aqueles ‘ô-ô-ôs’ ao estilo Fear of The Dark dão as caras!

The Forgotten Tales (1996):


Coletânea de covers e novas versões de músicas da própria banda, bastante diferentes, é preciso dizer. Destaque para as versões acústicas e para os covers de Beach Boys, Uriah Heep e Queen.
No mais, é isso aí! Aproveitem mais uma discografia e mais um post enorme. Acreditem, deu o maior trabalho fazer isso aqui, mas é um prazer escrever sobre as bandas que você ama, haha. Espero que leiam tudo, viu? u.ú

See ya, scream blog readers. (:

Por Rodrigo Menegat
Blind Guardian – Discografia Blind Guardian – Discografia Reviewed by Alexandre on 13:40 Rating: 5

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